Leonardo Lopes
INQUILINOS DO ROSÁRIO Sabe que haverá festa,é sacudida pela tosseantecipando no peitoo estorvo que a almavive na mistura das horas. Esquenta o chale no batente,recusa o bolo e o café, dizque tem gastura e que oo aluguel não vale o incômodo. Ter no corpo o trânsitodas escolhas atravessandoum tempo empoçado. O movimento da cozinha,a ignorância dos bichos(que morrerão no terreiro)o exílio na janela, o infinitocorredor cujas tábuas viram a vida passar e ora perdema discrição, na severidadedo tempo a pé em suas costas,delatam os passos da esperaque empurram a velha às frestas.Adriano Menezes
Muito bom Adriano, obrigado pelo poema..Leo Lopes
Faz-me bem trabalhar com pessoas que espressam artes diferentes e que se encaixam tao bem.Parabéns Adriano.Parabéns LeoFred
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3 comentários:
INQUILINOS DO ROSÁRIO
Sabe que haverá festa,
é sacudida pela tosse
antecipando no peito
o estorvo que a alma
vive na mistura das horas.
Esquenta o chale no batente,
recusa o bolo e o café, diz
que tem gastura e que o
o aluguel não vale o incômodo.
Ter no corpo o trânsito
das escolhas atravessando
um tempo empoçado.
O movimento da cozinha,
a ignorância dos bichos
(que morrerão no terreiro)
o exílio na janela, o infinito
corredor cujas tábuas viram
a vida passar e ora perdem
a discrição, na severidade
do tempo a pé em suas costas,
delatam os passos da espera
que empurram a velha às frestas.
Adriano Menezes
Muito bom Adriano, obrigado pelo poema..
Leo Lopes
Faz-me bem trabalhar com pessoas que espressam artes diferentes e que se encaixam tao bem.
Parabéns Adriano.
Parabéns Leo
Fred
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